
Não dou conta
domingo, 10 de abril de 2011
Direito das crianças

sábado, 5 de fevereiro de 2011
Eu quero!!!

domingo, 7 de novembro de 2010
Para onde vamos?
‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’.
A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.
Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.
Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.
Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
Ariano Suassuna
domingo, 26 de setembro de 2010
Neri Per Caso - Quando (Stranamore)
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Lendas e Contos Africanos


Essa semana fui assistir uma peça, ou melhor, a peça veio até mim...rs
O grupo Beje Eró foi convidado a nos mostrar o seu talento em uma das aulas da facu e eu ameiiiiiiiii...estamos estudando a lei 10.639 que traz a OBRIGATORIEDADE do ensino da História e cultura afro-brasileira e africana, pena que precisou virar lei, mas precisamos garantir que os nossos jovens possam conhecer suas raízes para construir e valorizar suas identidades, e que nosso povo saiba que nem tudo foi escravidão e subjugação, nosso espirito guerreiro é fruto de todas as lutas que precisaram e precisma ser travadas em busca da igualdade de direitos.
Lendas e Contos Africanos peça teatral com direção de Anativo Oliveira e coreografia de Rejane Maia é uma realização do grupo Beje Eró projeto de cunho sócio educativo voltado para crianças e jovens.
A peça se inicia com os cantos da cultura negra e encenações sobre a subjugação do povo africano trazido ao Brasil como escravo nos navios negreiros mas logo surgem as figuras dos orixás guerreiros orgulho e divindade da cultura negra.
Lendas e Contos Africanos traz a história dos Orixás a partir de suas essências mostrando essas divindades em forma de crianças ou adultos e com as qualidades e defeitos próprios da figura humana: orgulho, teimosia, ira, força, amor, respeito e etc. dessa maneira aproxima o publico das narrativas históricas, culturais e religiosas dos nossos antepassados.
O grupo formado por crianças e adolescentes deu um Show ... mais que recomendadao...vou ver de novo e levar os meus...rs
A peça esteve em cartaz no mês de setembro no Teatro Vila Velha aqui em Salvador, em Outubro o grupo volta a cartaz e eu passo pra deixar informações com vocês. Fica a dica.
Mais informações no blog:: http://www.bejeeroart.blogspot.com/
domingo, 25 de julho de 2010
Da serie: Recordar é viver

















