domingo, 7 de novembro de 2010

Para onde vamos?


Li esse texto do mestre Ariano Suassuna em um blog e não pude deixar de postar no meu. Não é preciso ir muito longe para ver um bando de mulheres eufóricas enquanto um cantor de pagode grita:
" Tem cachorra aí?"
E como sinônimo de mulher temos ainda " piriguete ( e não venham me falar do significado do dicionário) . Eis o texto:


‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’.

A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.

Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

domingo, 26 de setembro de 2010

Neri Per Caso - Quando (Stranamore)


Fim de semana maravilhoso, podendo desfrutar (finalmente no meio de tanta correria) do dengo do maridinho.
As crianças viajaram ,o coração ficou apertadinho, mas precisavamos desse tempo. Para completar o clima romantico esse show de vozes...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lendas e Contos Africanos



Essa semana fui assistir uma peça, ou melhor, a peça veio até mim...rs

O grupo Beje Eró foi convidado a nos mostrar o seu talento em uma das aulas da facu e eu ameiiiiiiiii...estamos estudando a lei 10.639 que traz a OBRIGATORIEDADE do ensino da História e cultura afro-brasileira e africana, pena que precisou virar lei, mas precisamos garantir que os nossos jovens possam conhecer suas raízes para construir e valorizar suas identidades, e que nosso povo saiba que nem tudo foi escravidão e subjugação, nosso espirito guerreiro é fruto de todas as lutas que precisaram e precisma ser travadas em busca da igualdade de direitos.

Lendas e Contos Africanos peça teatral com direção de Anativo Oliveira e coreografia de Rejane Maia é uma realização do grupo Beje Eró projeto de cunho sócio educativo voltado para crianças e jovens.

A peça se inicia com os cantos da cultura negra e encenações sobre a subjugação do povo africano trazido ao Brasil como escravo nos navios negreiros mas logo surgem as figuras dos orixás guerreiros orgulho e divindade da cultura negra.

Lendas e Contos Africanos traz a história dos Orixás a partir de suas essências mostrando essas divindades em forma de crianças ou adultos e com as qualidades e defeitos próprios da figura humana: orgulho, teimosia, ira, força, amor, respeito e etc. dessa maneira aproxima o publico das narrativas históricas, culturais e religiosas dos nossos antepassados.

O grupo formado por crianças e adolescentes deu um Show ... mais que recomendadao...vou ver de novo e levar os meus...rs

A peça esteve em cartaz no mês de setembro no Teatro Vila Velha aqui em Salvador, em Outubro o grupo volta a cartaz e eu passo pra deixar informações com vocês. Fica a dica.

Mais informações no blog:: http://www.bejeeroart.blogspot.com/


domingo, 25 de julho de 2010

Da serie: Recordar é viver

Recebi um e-mail sobre a decada de 80 que me deixou com uma saudade enorme da minha infância.
Vamos recordar?

E o cheirinho? Lembram? Delicia
Essa é a Hortencia da Moranguinho

Boneca Chuquinha
Tive várias mas não sobrou nenhuma...snif snif






Para os saudosistas do pac-man
Boquinha nervosa...rs
Tecnologia!

Foram substituídos pelos ringtones...
E o barulhinho do vai e vem?
Hoje em dia as crianças nem usar pulseiras coloridas podem...
Na minha época, tínhamos as pencas...aliás pencas é bem anos 80...rs
Psp dos anos 80...rs...Aquaplay
Os de hoje não são iguais
Água na boca


Nem acreditei quando vi meu amigo de infância Lango Lango...

Esse foi sonho de consumo, era ótimo, nosso MP3...rsrsrs
Lembram das canetinhas brancas que apagavam?

Para os mais novos, a origem da expressão " cair a ficha"

Nossa!!!! Saudadeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee dos cordões encardidinhos...kkk
Mais uma coleção que comecei e "falhou"

Esse funcionava, jogávamos até o pirulito fora...rsrsrs

A Sandy deve ter tido um.."vamo" pular!


Uia! Topogigo
Ju vc tinha uma dessas , lembra? Nossas cabelinhos de lã


Minha Bem-me-quer
Não sei que fim levou, quero de volta buáa


De colocar o Playland no chinelo



E vc tem saudade?

Voltando

Sumida, mas voltei.
È que minha rotina não dá conta de postar o quanto gostaria.
Andei escrevendo algumas coisa e pretendo repassar para o blog assim que der conta...rs



quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ai meu Deus!


Essas são as únicas palavras que a esposa conseguiu esboçar diante da perda.
No dia 26/05 foi assassinado o Delegado da Cidade de Camaçari Cleyton Leão, enquanto dava uma entrevista ao vivo para uma rádio local.
Os fatos já foram noticiados mundialmente, mas eu venho falar aqui da dor.
Da dor do povo
Da dor da familia
Da dor dos amigos
Não conhecia o delegado pois trabalho a pouco tempo na cidade
Mas a cidade está de luto
As mães choram essa morte como a morte de um filho
As esposas sentem nas palavras da esposa a perda do marido querido
As crianças a do pai amado
AMADO...é a impressão que em mim ficou
Todos perdemos um homem digno, justo , corajoso e AMADO
Que Jesus esteja em cada lar que hoje chora
Restaurando as forças
Apaziguando a dor...

sábado, 22 de maio de 2010


Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!

***Texto de Edson Marques

Urucubaca
























Sabe aquele mês que tudo parece dar errado?
Pois, é o mês de maio para mim.
Coincidentemente ou não o mês do meu niver...
Esse ano tentei me esquecer
para ver se de alguma maneira eu não estava atraíndo isso com a minha ansiedade
Mas não deu outra:

O cel queimou
Dia desses encontrei no meu percurso de 2:30h do trabalho para facu um louco que me seguiu por um bom tempo, o que me deixou aterrorizada uns dias
A labirintite atacou e faltei dias importantes na facu
Peguei uma virose daquelas ( acho que foi, nem os médicos sabem)
Resultado: Fiquei de cama e faltei uma semana no novo emprego.
Fui para emergência e a médica me deu uma combinação de medicamentos que baixaram tanto a minha pressão que quase
me mandam pro beleleu, já que normalmemente minha pressão é 9/8.
A professora da faculdade estava uma arara ( fiquei sabendo)
Pois boa parte das alunas não colocaram no projeto o tel da instituição que estagiaram
E eu tô dentro desse grupo, nem sabia que ela tinha pedido
Tenho curtido pouco os meus filhos, o mais velho chegou com um encaminhamento
da escola para matricula em um projeto de esportes e sabe Deus quando vou poder ir no SESI
Trabalhando longe de casa
Saio as 05:30 e chego as 23:30
Vou fazer o almoço do outro dia que quase sempre QUEIMA
Os trabalhos da faculdade embolando
fora que as vezes não aguento e venho direto para casa
Sem tempo pra nada
Acaba MAIO
Quero a minha mãeeeeeeeeeeee


sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Importância do toque!


Se sou seu bebê, Por favor, me toque. Preciso de seu afago de uma maneira que talvez nunca saiba. Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me alimentar, mas me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo. Seu carinho gentil, confortador, transmite segurança e amor. Se sou sua criança, Por favor, me toque. Ainda que eu resista e até o rejeite, insista, descubra um jeito de atender minha necessidade. Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos. Seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade. Se sou seu adolescente, Por favor, me toque. Não pense que eu, por estar quase crescido, já não precise saber que você ainda se importa. Necessito de seus braços carinhosos, preciso de uma voz terna. Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar. Se sou seu amigo, Por favor, me toque. Nada como um abraço afetuoso para eu saber que você se importa. Um gesto de carinho quando estou deprimido me garante que sou amado, e me reafirma que não estou só. Seu gesto de conforto talvez seja o único que eu consiga. Se sou seu parceiro, Por favor, me toque. Talvez você pense que sua paixão basta, mas só seus braços detêm meus temores. Preciso de seu toque terno e confortador, para me lembrar de que sou amado apenas porque eu sou eu. Se sou seu filho adulto, Por favor, me toque. Embora eu possa até ter minha própria família para abraçar, Ainda preciso dos braços do pai ou da mãe quando me machuco. Se sou seu pai idoso, Por favor, me toque. Do jeito que me tocaram quando eu era bem pequeno. Segure minha mão, sente-se perto de mim, dê-me força e aqueça meu corpo com sua proximidade. Minha pele, ainda que muito enrugada, adora ser afagada. Não tenha medo, apenas me toque...

domingo, 9 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Justiça





È uma vergonha a lentidão do nosso sistema, quando esse caso aconteceu eu tinha 7 anos, hoje já tenho filhos e a justiça não foi feita.
Baseada em quê é feita a nossa democracia? E os direitos existem para quem?
Está na hora de mudar isso, sabemos que é vergonhoso o numero de mulheres mortas em crimes passionais , mesmo depois de pedir, exigir, suplicar por segurança através de boletins de ocorrência. Nós mulheres temos o dever de pedir justiça para esses casos e educar os nossos filhos para que sejam pessoas " sadias", livres de preconceitos, machismos e achismos, precisamos educar para o amor, para a compreensão.


"Eduque às crianças e não será necessario castigar aos homens"




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMcYURFt2iIFNvtjGovSb9vjb1j66S2saxhOzJOtozvRCSEThakE6zarfLRMrQ8dZGGfaG7nTIuylB9pl4b5YA2g1hasYXSYcJfKAts9UNVg6YI-tLuRGEIbu6KUDnyRRmvQPFzrwaE9zN/s640/panfleto+copy.jpg

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para renovar



Para renovar


Água VivaRaul SeixasComposição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Direitos de áudio UMG

Eu conheço bem a fonte

Que desce aquele monte
Ainda que seja de noite
Nessa fonte está escondidaO segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Êta" fonte mais estranha,
que desce pela montanha
Ainda que seja de noite.Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noiteSei que são caudalosas as correntes
Que regam os céus, infernos
Regam gentes
Ainda que seja de noite
Aqui se está chamando as criaturasQue desta água se fartam mesmo
às escuras
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite...Eu conheço bem a fonte
Que desce daquele monte
Ainda que seja de noite
Porque ainda é de noite!
No dia claro dessa noite!
Porque ainda é de noite

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dia das mães...

Amei o comercial da Renner para o dia das mães.
Li alguns comentários contrários mas achei digna a idéia de homenagear
a todas as mães : as que já estão esperando ou já tiveram seus filhos e as que estão "treinando"...rs
Afinal a maternidade é inicialmente um desejo que se materializa em "cheirinho de alfazema" após 9 meses. Mães são todas as que nutrem em seu coração o amor por um filho.


Meu jardim




Meu Jardim
Vander Lee
Composição: Vander Lee
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim


Então é isso
Há três anos compramos nossa casinha
Reformamos o básico, o necessário para morar
Para ficar do nosso jeito, precisamos demolir, fazer fundação
Construir
O que implica dindim inclusive para o aluguel de outro ímovel enquanto
estivermos em obras.
Mas esses dias tem batido uma vontade grande
Vontade de deixar minha casa com a nossa cara
Do nosso jeitinho
Para o meu marido e seu jeito prático
Decorar a casa
Comprar coisas como quadro, vasos, papel de parede
Luminárias...
são para quando construírmos a nova casa
O detalhe é que não sabemos QUANDO vamos
poder realizar esse projeto
já que a grana não está assim APARECENDO...rs
Me pergunto
Estou sendo egoísta?
Ao invés de gastar com decoração deveria abrir uma poupança
e guardar nela o dinheiro que gastaria com esses detalhes?
Fica a dúvida
Fica o desejo

Imagem :



sábado, 17 de abril de 2010

Banco de Medula x Banco de Vidas

Sempre perfeito e atual...




'Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."

Carlos Drummond de Andrade

Sonhando...

Scarpin Santa Lolla

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Síndrome do dedinho apertado


Vai esfriando e o meu desejo de comprar um sapato fechado aumenta.
Todo ano é assim, não tem jeito: a vontade vem e eu deixo passar. Por que?
Porque além da engenharia da minha cidade e a minha condição de "paletante" não permitirem os saltos mais altos, eu sofro da SÍNDROME DO DEDINHO APERTADO.
Sabe o mindinho pois é, não suporta um scarpin. E ele envia os sinais direto para o meu cérebro uma tormenta. As vezes tento fingir que não lembro do quanto ele está esprimidinho para ver se meu nervosismo dá uma trégua, mas não adianta.
Lembro da minha felicidade quando terminei o ensino médio: Adeus tênis!!! Adeus meias!!! Adeus dedinho apertado!!!
Ano passado comprei um exemplar, indicado pelo maridão para começarmos a fazer atividade física. Usei duas vezes e o pobrezinho está esquecido ( junto com os exercícios diga-se de passagem).
Hoje me permito usar sapatilhas pois o desconforto é menor.
E vou sonhando com os lindos sapatos fechados que tenho visto por aí a fora. Quem sabe um dia tomo coragem e ao invés de deixar meu dedinho avisar do seu pânico, levo um correndo para casa.
Por enquanto vou sonhando.
O modelo acima é Luiza Barcelos. Lindo de viver!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Saudades

Os dias estão tão corridos por aqui.
E em meio a tanta correria
Sobrou tempo
Tempo pra lembrar dos detalhes
Dos gestos pequenos que faziam toda diferença
Principalmente no Outono
Quando já estava friozinho
Ele me cobria enquanto eu fingia dormir
Pra desfrutar aquele mimo...
De manhã ele saía antes de mim para o trabalho
sabendo o quanto sou "frienta"
Jogava o lençol ainda quentinho por cima do meu
De tardinha depois do Nescauzinho quente com as amigas no trabalho
recebia um SMS :" Saudades de ficar de dengo no quentinho com você"
As vezes penso que o sentimento está acabando
Outras vezes que é culpa da rotina
Do tempo que não é mais só nosso depois dos filhos
E as vezes me culpo
Venho de uma familia de mulheres "brabas"( no bom sentido)
Demonstrar sentimento? Talvez eu não tenho aprendido.
Deu saudades
Ô se deu!!!

domingo, 11 de abril de 2010

"Eu sei que é pra sempre

Enquanto durar

E eu peço somente

O que eu puder dar"

Sérgio Britto e Paulo Miklos
em: Porque eu sei que é amor

Saiuuuuuuuuu


È preciso tomar decisões
Mesmo que sejam doloridas
Confusas
Escusas
Foi assim comigo...
Pensei em mentir
Em fugir
Em ficar e decidir ficar
Mas não fiquei
Foi um dos raros momentos onde DECIDI
Sem nenhuma desculpa esfarrapada
Sem texto pronto
Simplesmente falei do que sentia
do que estava vivendo
das minhas dúvidas
e parti...
Deixando meu lugar para quem de fato
sabia o que fazia ali
Confesso que senti ciúme em deixar
MEUS (rs) pequenos ali
com ela
Senti inveja do jeitinho , da organização
que não sei se terei
E nem se quero ter
Tô repensando a minha profissão
E por falar em repensarno dia seguinte após deixar minha "tchurma"
saiu a minha nomeação em um concurso que fiz...
E estou muito feliz
Eu ESCOLHI...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Angústia...


Alguma coisa no meu passado aconteceu...não sei bem o quê, mas foi algo muito forte a ponto de me deixar TAPADA para o resto da vida.
Não sei dizer NÃO
Não sei pedir demissão
E é dificil recusar algo : mesmo que não goste de jiló, se você me oferecer vou comer um pouquinho pra não " fazer desfeita".
Isso tem me colocado em furadas enormes, e o pior NÃO SEI dizer CHEGA e me livrar delas.
Minha vida está um caos. Aceitei um emprego meio turno como professora...sim sou estudante de Pedagogia , o salário é bem pouquinho, tenho que pagar um trocadinho para quem olha as crianças, não tenho tempo de fazer almoço e almoço na rua, acabo usando meus próprios materiais pois morro de vergonha de toda hora pedir algo a Diretora e lá se vai meu dinheirinho: A conta pela receita.
Fora isso é minha primeira experiência na docência e meu desafio é alfabetizar uma turma de 9 alunos do Jardim ll ( atual Grupo 5) em uma sala com 7 alunos do Jardim l ( Grupo 4), a cobrança atual é o cabeçalho mais ele não reconhecem as vogais e estou triste pois além de me faltar experiência e didática, sinto que o que estão me propondo é formar COPISTAS, não era bem o que eu queria. A turma é bastante agitada, não sei se tenho minha parcela de culpa, ou existe muito da atual criação familiar " sem limites"...só sei que estou triste.
E sabe porque ainda estou lá?
Pois não aprendi dizer ADEUS, bye bye, até logo...




domingo, 21 de março de 2010

?

" A vida é curta demais para mais de um sonho"

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Preciso mudar


Hoje ao ver uma foto que tirei no aniversário do meu marido, danei a pensar.
Com quase 28 me vi aos 17 anos, com o cabelo reto sem corte, sem escova, sem cor, a sobrancelha e a unha por fazer, não gostei da foto e não vou postá-la aqui.,
Percebi também que o meu eu está assim assim, sem cor, sem forma, sem força.
O tempo vai passando e a gente vai passando o passado ( e o futuro) a limpo.
Preciso de um corte, de uma cor de uma força. Preciso MUDAR, tenho que entrar em outro ciclo e não estagnar nesse. Preciso repensar ( sim, repensar aos 28) se a faculdade que termino ano que vem, trouxe a profissão que eu queria, repensar as minhas habilidades, não é possível em algum lugar em mim tem que ter uma escondida, comprar o maior salto da loja sem pensar no caminho árduo que precisarei fazer com ele, o menor vestido também...rs...malhar...malhar e malhar já que a barriguinha não é a mesma após as crianças e do médico que a tempos avisou que isso me ajudaria bastante com meus glóbulos brancos problemáticos...rs...necessito fazer a sobrancelha, pintar as unhas com um esmalte flúor ou vermelho "montanha", sempre gostei de fazer cara de nem aí pra quem achava meu esmalte berrante, me sentia PODEROSA. Preciso de um perfume mais forte, abdicar das lavandas e perfuminhos de bebê, preciso de um blusa fashion, uma lingerie ousada, uma noite daquelas-fora de casa- com meu marido, preciso de uma bolsa vermelha enorme, preciso resenhar com as minhas amigas no Shopping, preciso rir da vida...preciso de um sutiã super up, preciso colocar aparelho e perder meu medo de dentista afinal não posso chegar " Mônica" aos 30. Preciso devorar um livro por prazer e não para fazer uma prova amanhã, preciso me deliciar com o doce que eu amo e não com o mais barato.
Vou me dar a esse LUXO...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Perfeição...


Difícil definir quem somos

Sou a filha da minha mãe, a mãe dos meus filhos, irmã, neta, sobrinha, tia, esposa, nora, cunhada, amiga, professora, aluna

Deus me deixou viver esses papéis na vida

E desempenhamos tantos papéis

Uns bem outros nem tanto

Afinal somos imperfeitos

E imperfeitos que somos

Buscamos perfeição

E ao perceber que ela inexiste

Mergulhamos no imperfeito para tornar os dias menos imperfeitos

Os de fato perfeitos...


Texto próprio

Imagem: Quadro A familia de Tarsila do Amaral


Opção sexual?



Uma das matérias do semestre passado na faculdade nos trazia a reflexão sobre os fundamentos da história e de como as concepções que temos sobre determinadas situações são modificadas ou mantidas historicamente.
Já havíamos falado sobre as concepções do brincar durante a história, tradições familiares, grupos étnicos, religiosidade e chegamos ao SEXO, sobre como as concepções sobre sexo,sexualidade e relacionamentos mudam de acordo com o tempo e a cultura predominante, falamos sobre as questões já vistas nas aulas de Introdução aos estudos da humanidade e antropologia e nos saberes construídos através da leitura do livro : A cabeça bem feita de Edgar Morin.
Na Grécia antiga era comum os relacionamentos homossexuais.
Na India ainda hoje os travestis (chamados de Hijras ) são vistos como sábios, com poderes mágicos e elevados espiritualmente.
Em alguns países é comum tambem a poliandria e a poliginia .
Em algumas tribos indigenas não existia a noção de incesto que a nossa sociedade conhece.
Com tudo isso não pretendo fazer nenhum tipo de apologia, e sim convocar o respeito as diversas culturas existentes ao nosso redor.
Mas uama fala da professora me tocou mais forte e ate hoje me faz refletir : OPÇÃO SEXUAL- ela disse:
- As pessoas não escolhem outra do mesmo genero, por causa da sua opção sexual, todos buscamos relações AFETIVAS.
Quando falamos em opção sexual estamos validando que as relações entre pessoas são baseadas no SEXO, esquecemos a parte afetiva, a paixão, o amor que alguem atribui a outro alguem, os sentimentos, a troca. Percebi que sem sentir reproduzimos as marteladas moralistas que recebemos desde cedo.
Percebi também que se o meu curso não me trouxer uma profissão, já está sendo uma lição de vida.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Para ficar leve...

Saudade do Carnaval!



Devo confessar que esse ano me deu uma saudade de ver o carnaval de perto.
Fazem 5 anos (acredito eu) que vejo pela TV.
Infelizmente muita gente ao invés de pular vai ao Carnaval para brigar, e eu simplesmente " Não dou conta".
Não dou conta de levar murro sem estar em uma briga.
Não dou conta do apelo turistico que apertou tanto o circuito e que pule fora a pipoca que não aguentar o empurra empurra.
Não dou conta de mães que vão com os filhos bem pequenos pro circuito.


Esse ano vou locar uns filmes para assistir, para não ficar me arrepiando toda vez que Ivete passar...





Para não me sentir atraída pelos passinhos do "Rebolation" ( fui no ensaio e adorei)


Para não sentir o coração bater mais forte quando o Olodum e a Timbalada tocarem os tambores e timbais.


Saudades do velho Carnaval